ALBÉRCIO NUNES VIEIRA MACHADO
( Brasil – Espírito Santo )
Nascido em Timbuí, Fundão, ES.
Casado com Alece e ataem dois filhos, Estêvão e Johnson.
Acadêmico de Letras e Artes da Serra — ALEAS.
Diretor Cultural do Clube dos Trovadores Capixaba- CTC, Serra – ES. Fundador da torcida organizada FLAPIXABA.
Ministra oficinas de criação poética e de letras.
Participa no Anuário de Poetas do Brasil, na Antologia Aparício Fernandes em 1982.
Poeta trovador do século no 5º. Congresso Nacional de Trovas em Afonso Claudio, ES em 1982.
Sócio da FEBET – Federação Brasileira de Entidades Trovistas. Cidadão da Cultura Popular na Ordem Brasileira dos Poetas de Literatura de Cordel em Salvador, Bahia.
Personalidade cultural em 2001 conferida pela Assembléia Legislativa e pelo CTC. Moção de aplauso da Câmara Municipal de Vila Velha em 2003. Trovador do ano em 2007 requerida pele Câmara Municipal da Serra, ES. Vencedor do Prêmio Metrologista do Ando no IPEM-ES em 2007.
Vencedor de vários concursos de trovas com temas diversificados: Amor, Fé, Pescadores e outros, promovidos por várias instituições, jornais.
e-mail: albercionunes@hotmail.com
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TROVAS PARA VOCÊ. Ilustração e capa e diagramação: Jarlos Junior. Prefácio por Kátia Bobbio. Vitória, ES: Ed. do Autor, 2013.
56 p. ISBN 978-85-64509-l6-0 No. 10 252
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
Um grande amor nunca morre
E este é meu duradouro.
Eu já tomei muito porre
por causa deste tesouro.
***
Perambulando silente
despetalava uma flor
e o mal-me-quer que não mente
aumentava a dor do amor.
***
Teus olhos verdes, beleza!
cintilantes, vagalumes.
Dão mas brilho à natureza
provocando-me ciúmes.
***
Pode me fazer trapaça,
até jogar-me no chão.
Peço, por favor, não faça
tortura em meu coração.
***
Escrevi na praia calma
o nome do meu amor,
mas senti no fundo d´alma
quando a onda desmanchou.
***
A dor do amor é tão forte
tão penetrante na gente
que, talvez, nem mesmo a morte
elimine o que sente.
***
É o amor o mais sublime
dos sentimentos humanos,
pois quem ama se redime
de seus próprios desenganos.
***
Seu carteiro, por favor,
entregue o envelope, é dela.
Dentro tem carta de amor
que falo do amor por ela.
***
Meti a cara no mundo
e não estou arrependido.
Eu curti um amor profundo
sou feliz por ter metido.
***
Cem cartas mandei para ela
era um amor verdadeiro
mas Ana, minha donzela,
foi se casar com o carteiro.
***
Seu olhar é penetrante
como a flecha de cupido.
Seu andar é provocante
e me deixa enlouquecido.
***
O pulsar do coração
força as paredes do peito,
quando em meio à multidão
vê-se um olha daquele jeito.
***
Se você, meu bem, me desse
um beijo lá no portão,
ficaria como prece
dentro do meu coração.
***
Será que devo? Não devo?
fico na dúvida, meu Deus.
Não, não devo, nem me atrevo
chegar meus lábios aos teus.
***
Bandeira branca, meu amor!
eu não suporto mais brigas.
Peço paz, mas por favor,
não dê ouvido às intrigas.
***
— Desiludiu-se com a vida?
— Tem-na inteira pela frente.
— minha vida é resumida
em um amor que não sentes.
***
Queria ser essa água
caindo do seu chuveiro,
e que aos poucos deságua
molhando seu corpo inteiro.
***
Já fui príncipe, fui rei,
namorei uma sereia...
Quando menino sonhei
nos meus castelos de areia.
***
Mandei cartas para ela,
mas nem todas recebe.
O carteiro gosta dela,
com ciúmes escondeu.
***
Chamam-me de “stragalar”,
mas eu não sou culpado.
Elas vêm me procurar,
e eu dou conta do recado.
***
Nessa vida tudo é um sonho,
busca-se a paz... o labor,
mas se torna enfadonhos
quando não se tem um amor.
*
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Página publicada em janeiro de 2025
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